quinta-feira, 29 de setembro de 2022

 Figuras de Linguagem 

De acordo com Mesquita & Martos (2009, p. 484), “as figuras de linguagem são recursos expressivos que emprestam ao pensamento mais energia e vivacidade, que, por sua vez, conferem à frase mais elegância e graça e permitem ao leitor captar mais efetivamente a mensagem pretendida pelo autor.” Podemos destacar como principais figuras de linguagem: a antítese, prosopopeia, ironia, eufemismo, hipérbole, comparação, metáfora, catacrese, metonímia, gradação, pleonasmo, aliteração e onomatopeia. 
A seguir veremos cada um deles: 
Antítese - Emprego de termos com sentidos opostos, ou seja, consiste na oposição de duas ideias, lado a lado, em uma frase. 
Ex.: Ela se preocupa tanto com o passado que esquece o presente. A guerra não leva a nada, devemos buscar a paz. 
Prosopopeia - Atribuição de qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais e inanimados. 
Ex.: A formiga disse para a cigarra: ” Cantou…agora dança!” 
Ironia –.Consiste na declaração do contrário do que se pensa, em geral, com o propósito de fazer zombaria. 
Ex.: Eu nasci há dez mil anos atrás. E não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais. 
Eufemismo – Consiste em dizer algo desagradável por meio de palavras que abrandem o impacto causado por essa situação. 
Ex.: Aquele rapaz não é legal, ele subtraiu dinheiro. Acho que não fui feliz nos exames. 
Hipérbole - Consiste no exagero da expressão. 
Ex.: Já lhe disse isso um milhão de vezes. Quando o filme começou, voei para casa.
Comparação – Estabelece um termo de comparação entre dois elementos por meio de uma qualidade comum a ambos. Os dois aparecem no enunciado ligados por conectivo subordinativo. 
Ex.: “Ideias são como pulgas: saltam de uns para os outros, mas não mordem a todos.” 
Metáfora – Relaciona dois seres por meio de uma qualidade comum atribuída a ambos. Nessa comparação não se usa a conjunção como. 
Ex.: “O tempo é uma cadeira ao sol, e nada mais” 
Catacrese – Dá um novo sentido a uma palavra, fazendo com que ela passe a dar nome a outro ser semelhante. 
Ex.: Sentou-se no braço da poltrona para descansar. 
Metonímia – Consiste em substituir um termo por outro com o qual tenha relação de contiguidade ou causalidade. A metonímia ocorre comumente quando se substitui: 
- O nome do autor pela obra 
 Ex.: Ler Miguel de Cervantes é como sonhar acordado. 
- O substantivo concreto pelo abstrato 
Ex.: A fé move montanhas. 
- O lugar pelos seus habitantes ou produtos 
Ex.: Na hora mais difícil de Santa Catarina, o Brasil inteiro se uniu. 
Gradação – Consiste em uma sequencia de ideias em ordem crescente ou decrescente de intensidade. Ex.: “Nem o sol, nem o mar, nem o brilho das estrelas.” 
Pleonasmo – Consiste na repetição de termos de mesmo significado, com intuito de dar ênfase a uma expressão. 
Ex.: Eu vi com esses olhos que um dia a terra há de comer. 
Aliteração e assonância – Consiste, respectivamente, na repetição de um fonema consonantal e na repetição de um fonema vocálico. 
Ex.: “Na messe, que enlourece, estremece a quermesse... O sol, celestial girassol, esmorece... E as cantilenas de serenos sons amenos Fogem fluídas, fluindo a fina flor dos fenos...” 
Onomatopeia – Ocorre quando uma palavra ou um conjunto de palavras imitam um ruído ou um som. Ex.: “E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano.” 
Fonte: Mesquita, Roberto Melo. Gramática Pedagógica, 30 ed. Vol. único, São Paulo: Saraiva, 2009.

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